sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quando o livro nom deixa ver ao sacho mal imos acho...

Nasci de pais labregos e sentirei-me sempre um rapaz da aldeia, fachendoso disso. Meus pais, meus avôs e todos os que me precedêrom ganhárom o pam regando os sulcos abertos na terra com a sua suor, por isso nom pudem mais que encher-me de ledícia ao ver como os tractores preenchiam as ruas compostelanas exigindo um preço mínimo para o leite, coma o que se estabeleceu na França.

Porém, qual foi a minha surpresa ao ver que negumha organizaçom estudantil tirou nengum comunicado nem dixo umha soa palavra sobre o agro e a sua situaçom, nem umha soa sobre os protestos que estes dias todos vírom em Compostela. Nom vai com nós? Ou som eu por acaso o único filho de camponeses da Galiza na universidade?

Sus señorías estarán muy ocupadas haciendo la revolución en otros frentes... sigam mercando leite francês, atirando pedras contra o seu telhado e esquecendo-se das classes populares e trabalhadoras deste país. Logo, coma sempre, montem coloridos protestos sentido-se o centro do mundo e queixando-se do pouco apoio social recebido. Cada um ao seu, e o PP ao de todos.

Eu solidarizo-me com os gandeiros e a assembleia de filologia tamém. Aguardo que outras organizaçons com mais repercusom mediática tamém o fagam, pois este post é algo apenas simbólico que cumpre fazer por um mínimo de ética e dignidade.

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