segunda-feira, 10 de maio de 2010
Chegou o prefossarado heleno mandou parar.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Análise das eleiçons na USC: nom hai mapa cor-de-rosa em nengures.
Nom nos imos deter agora a analisar os dados dos reitoráveis, já que desde um modelo de autoorganizaçom horizontal do estudantado é difícil acreditar a estas alturas em concesons e avançons para os nossos direitos "cedidos" verticalmente. Contodo, os resultados podem consultar-se aqui.
No que atinge aos representantes do estudantado a claustro, toda vez que a assembleia apresentou a dous candidatos, as consideraçons que acho pertinentes fazermos som as seguintes:
1.- A autoorganizaçom do estudantado é mínima e atopa-se no pior momento da II Restauraçom bourbónica, sem ser capaz de responder com umha mínima contudência as ofensivas que está a padecer (Plano Bolonha, Máster de Secundária, etc.).
A desmobilizaçom do estudantado, ora voluntária ora por desídia é um facto que reflecte isto em termos estatísticos. Só 5,78 votárom entre os de tercer ciclo e 13,20 primeiro e segundo ciclo. Ou seja, nem tam sequer um de cada dez estudantes se molestárom por participar no processo. Os dados som incontestáveis e nem convidam ao optimismo nem a análises de força desde os sindicatos, que devem replantejar-se as suas estrategias de autoorganizaçom a sério e em profundidade se verdadeiramente querem reverter o processo de perda da hegemonia do pensamento da esquerda e artelhar um movimento estudantil que seja merecente desse nome.
2.- Muitos dos que votárom figérom-no porque era a primeira vez que podiam participar num processo destas característas, entre a curiosidade e o apoio a algum conhecido. É mais, para muitos será todo o activismo estudantil que farám de aqui para a frente. O desconhecimento da meirande parte entre o estudantado é proverbial, nem sabiam para serviam os dous sobres, nem a quantos representantes podiam votar como comprovei in situ.
3.- A mercadoria de votos é umha realidade. Poderia-se falar de carreteio sem cair em nengumha exageraçom e por parte de todos os candidatos e grupos que concorriam. O processo nom tem nada de democrático.
4.- A assembleia de filologia procurava apenas ter umha voz e um ouvido no claustro sem entrar em ciladas de representatividade nem ligaduras económicas que isso trai consigo. Os modelos de autoorganizaçom estudantil devem fugir da simples erótica do poder. Os sindicatos maioritários deveriam reflexionar em vendo o grau de desmobilizaçom do estudantado até que ponto a sua dependência dos fundos da USC condicionam qualquer umha das suas actuaçons. As megacampanhas de custos desorbitados made in america podem atrair o voto do estudantado novo e menos organizado, mas isso nom se traduze numha conscienciaçom do estudantado nem umha implicaçom nas luitas e mobilizaçons na defesa dos nossos direitos. Para nada contribui, nem que dizer tem, para a autoorganizaçom do estudantado.
5.- O modelo do conjunto dos sindicatos, em minha opiniom, tem que repensar-se desde a aposta por assembleias horizontais em que os sindicatos nom podem implicar-se como tais, mas apenas através de membros seus a título individual. Este modelo só lhes reportaria benefícios, quanto mais reforcem a autoorganizaçom assemblear mais se fortalecerám eles próprios ao obterem novos apoios desde essas assembleias. O fluxo é bidireccional, mas tamém antagónico. Quanto menos advoguem polo modelo assemblear, quanto mais o boicoteiem mais se enfraquecerám e mais contribuirám para a perda da hegemonia, em termos gramscianos, da esquerda que ainda nom é total em toda a USC, mas si em toda a sociedade.
6.- O reartelhamento do movimento estudantil tem que ver-se a meio-longo prazo e as luitas concretas podem acelerá-lo ou desinflá-lo dependendo do sucesso do enfoque seguido polos elementos mais conscientes do estudantado que tomem a iniciativa.
As assembleias esporádicas sem continuidade nom servem para umha conscienciaçom real do estudantado, apenas repondem a umha ameaça concreta e a luita tem de ser sempre globalizada. As assembleias com continuidade mas que caiam na cilada de representatividades e a mímese do fracassado modelo sindical demonstrarám que a rémora do passado impede ainda criar elementos de autoorganizaçom acaídos a estrutura social realmente existente na comunidade universitária actual. A autoorganizaçom é a horizontalidade devem ser sempre processos de conscienciaçom, formaçom e resposta revolucionária aos reptos e ameaças que o poder nos lança.
7.- A necessidade dumha emergência dum modelo assemblear que permita as diversas sensibilidades da esquerda organizada trabalhar conjuntamente desde o indivíduo e chegar a estudantes aos que doutra forma nom seria possível chegar é, hoje mais do que nunca, de extrema necessidade. O movimento estudantil está baixo mínimos e nom se estám dando passos concretos e ajeitados, com a generosidade que isto require, para reverter a situaçom. A dicotomia é clara, ou pular por um modelo que seja retroalimentativo para a esquerda e as suas organizaçons ou entregar-lhe definitivamente à direita a hegemonia.
8.- A urgência de repensar o modelo de autoorganizaçom estudantil vem motivada porque a "nova" ofensiva do capital-financeiro sobre os estados sociais europeus atingiu umha incidência sem precedentes que recrudescerá a luita de classes, mas que tamém abre as portas para a ultradireita. Se os representantes estudantis dos próximos anos actuam com intiligência, generosidade e diligência a situaçom é ainda reversível e som aguardáveis novas e múltiplas luitas e avanços nos nossos direitos. Do contrário o retrocesso provocado pola mercantilizaçom e privatizaçom do ensino é imparável.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
SEMANA DAS LETRAS: NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE CARVALHO CALERO
Crédito de livre configuraçom em trámite.
1.- Carvalho Calero: biografia e interhistória: (11 horas)
10 de Maio
15:30 horas Apresentaçom da Semana das Letras
16: 00 horas O legado global de Carvalho Calero por Aurora Marco.
17:00 horas Carvalho Calero e o Partido Galeguista por Justo Beramendi.
19:30 horas Ricardo Carvalho Calero, historiador da literatura por Arturo Casas.
11 de Maio
16:00 horas Projecçom da entrevista a Carvalho Calero e debate posterior
18:00 horas Dos mestres à Academia Galega da Língua Portuguesa na Galiza. Percurso polo pensamento lingüístico de Murguia, Joám Vicente Biqueira, Risco, Castelao e Carvalho Calero por José-Martinho Montero Santalha.
2.- Carvalho Calero: a sua obra lingüística: (10’5 horas)
12 de Maio
16:00 horas Apresentaçom
16:30 horas De Rodrigues Lapa a Carvalho Calero. O galego (im)possível?. A evoluçom na teorizaçom lingüística de Carvalho. A “radical” proposta de Rodrigues Lapa . Reacçons a favor e em contra na Galiza. A herdança de Carvalho no regeneracionismo por Roberto Samartim e Valentim Rodrigues Fagim.
19:30 horas A gramatización e a elaboración formal da lingua galega antes de 1980 por Ramón Mariño Paz.
18 de Maio
16:00 horas Entre o normativismo e o utilitarismo, perspectivas de Carvalho Calero e o Reintegracionismo desde o século XXI. por Carlos Figueiras.
18: 30 horas Carvalho Calero na lembrança por Carme Blanco
3.- Carvalho Calero e a sua obra literária (10’5 horas)
19 de Maio
16: 00 horas Apresentaçom
16:30 horas Scórpio e a obra narrativa de Carvalho Calero por Carlos Quiroga
19:00 horas A obra teatral de Carvalho Calero por João Guisám Seixas.
20 de Maio
16:00 horas Recital lúdico-poético e leitura dum texto final reclamando o Dia das Letras Galegas para Carvalho. Recital a cargo de Carlos Quiroga, Alicia Fernández e Gonzalo Ermo. Leitura dumha escolma de poemas de Carvalho Calero.
17:30 horas Exposiçom da Fundaçom Atábria sobre Carvalho Calero. Com debate posterior
Pausa-café (30 minutos)
20:00 horas Encerramento da Semana das Letras. Conclusons e leitura do manifesto da Assembleia de Filologia para a o recolhida de sinaturas para um Dia das Letras Galegas para Ricardo Carvalho Calero.
Total horas Semana das Letras: 32 horas.
terça-feira, 6 de abril de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
Última hora! Nom nos vam parar com ameaças
A manifestaçom, a que a assembleia de filologia se sumou, foi um êxito, contando com por volta de 200 pessoas, rematando no Valedor do Povo (esse que di na Galiza se ponhem pistolas para obrigar a falar galego) onde se entregou um escrito por cada participante.
A assembleia de filologia já denunciou no seu dia o despropósito do Máster de Secundária, especialmente no tocante a sua aplicaçom com um carácter retroactivo ilegal para os licenciados e com um número de vagas limitado para favorecer às universidades privadas. Assemade, fomos o único colectivo estudantil que boicoteou o acto de apresentaçom deste Máster de Secundária em que Seném Barro defendeu abertamente o "darwinismo social": "aqui estamos os melhores fôrom as suas palavras.
Pola tarde continuárom os piquetes, mas sem prévio aviso apresentárom-se as forças repressivas identificando ao estudantado em greve com o único fim de garantir que os senhores da UE que iam visitar o ILGa nom viram o desfalco educativo que hai na Galiza. As medidas repressivas som um excelente mecanismo de disuasom para que a sociedade seja passiva e nom se rebele contra os atentados aos seus direitos. Ameaçárom aos presentes com 2.000€ de multa se nom se disolvia o protesto. Notificou-se-lhe isto ao decano perante o qual afirmou cinicamente que nom podia fazer nada quando é evidente que a polícia nom pode entrar na universidade sem autorizaçom da reitoria nem o decanato. A nom ser que agora tenhamos menos direitos ca no tempo de Franco, quando no 67 o estudantado fazia "saltos" (concentraçons por surpreesa) no ensanche compostelano ainda em constuçom empregando os adoquins para fugir dos "grises" e quando ocupárom a sé histórica da USC em Maçarelos durante meses.
Por todo isto pedimos ao todo estudantado que se solidarice e implique nas mobilizaçons em defesa dos nossos direitos mais elementares e que participem nas assembleias estudantis. Só a nossa uniom fará que as nossas petiçons sejam ouvidas e que o máster seja um requisito toda vez que a vaga na oposiçom for atingida.
http://www.xornal.com/artigo/2010/03/22/sociedad/facultade-historia-clama-novo-master-docente/2010032223233000957.html
http://www.elcorreogallego.es/galicia/ecg/huelga-alumnado-historia-master-docente/idNoticia-528754/
quinta-feira, 18 de março de 2010
Juan Manuel García Ramos: Educaçom à bolonhesa
Ler todo o artigo aqui (página muito recomendável com informaçons sobre Bolonha e o estudantado).
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Para que lhe serve o galego a umha húngara?
Para que lhe serve o galego a umha húngara?
Tirado de aqui.
Cando lhe perguntam para que lhe serve o galego a umha húngara, o primeiro que fai Veronika Gergely é armar-se de paciencia. “Para que a minha vida seja mais formosa e enteira, para poder olhar o mundo doutro jeito, para falar com os japoneses e os índios que conhecim em Compostela, para aprender as vossas cançons e danças tradicionais, para bailar muinheiras e jotas e para criar vínculos entre a Galiza e Hungria. O galego serve-me para o que me servem todas as outras línguas”, resume, mas sabe que é mentira. Vera, como a conhecem os seus companheiros dos cursos de verao do Instituto da Língua Galega (ILGA) e a Universidade de Santiago (USC), vive em Érd, umha pequena cidade com 70.000 vizinhos a vinte quilómetros de Budapeste, ainda que nasceu na capital. Ademais do húngaro, que vinha com o manual de instruçons, em 26 anos apreendeu tamém português, castelám, inglês, japonês, alemám, italiano e galego. Uns fala-os, outros entende-os. Uns prestam-lhe, outros nom tanto. Qalquer um deles lhe serviria para pedir-lhe cámbio a outro mortal deste planeta, pero só um lhe vale para fazer o que está a fazer: traduzir a Cunqueiro. E nessas anda, de viaje com o velho Sinbad pola língua de Sándor Márai.
Vera chegou ao galego através da música medieval. Queria entender as Cantigas de Santa María e pediu ajuda na Eötvös Loránd Tudományegyetem, a universidade de Budapeste em que estudava. Ildikó Szijj, umha professora de portugués, sacou-na de dúvidas decontado. Explicou-lhe que havia outra Galiza longe de Ucraina e que a língua das cantigas de Alfonso X, com o andar do tempo e a erosom da fala, convertera-se ao cabo na língua oficial de quase três millóns de galegos [e de 200 milhons na sua versom portuguesa].
A tal hora, esse é tamém o idioma de Vera. E da professora romanesa Mariana Ploae-Hanganu. E de Eva Carrión, umha malaguenha que traduziu umha novela de Rosa Aneiros com a única subvençom da sua teimosia. E a de Nilsa Areán, umha engenheira informática de São Paulo que deixou a inteligencia artificial polo contrabando de sufixos através da raia. E a de Hicham Suisse, investigador marroquino, hoje em Lisboa, que soubo da Galiza ao mesmo tempo que Naybet, Bassir e Hadji punham a camisola do Dépor. E tamém a da grega Sofia Karatza, o ucraíno Pavlo Marynenko, o polaco Bartosz Dondelewski, o japonês Takekazu Asaka ou o índio Anik Nandi. Som, com o seu permisso, brigadistas do galego. E hai muitos mais.
UM 'HIT’ DA RESISTENCIA
A xanela deve-lhe muito a Feijóo e Daria Shornikova sabe-o. A autora desse pequeno filme que bole rede arriba e rede abaixo desde hai semanas nasceu em San Petersburgo hai 21 anos. Quando empeçou a filmar o que a gente de Compostela pensava da sua língua nom sabia que mais de 1.500 internautas iriam buscar nom se sabe o que na sua película. Daquela ainda nom aparecera www.eufalo.tv para sementar a rede de confidências sociolingüísticas e senhoras como a mai do O’Leo, o cantautor punk, que pensam que a sua língua, como os seus tomates, som os melhores. Daria nem sequer sabia que o Governo galego se ia meter na lea de legislar contra a língua que o pariu nem que o seu relato se ia converter num pequeno hit da resistência. Um must da galegofília.
“As cousas que se fam a prol da língua som mui ben recebidas, sobretodo despois da mani do 21 de Janeiro”, explica Daria desde o inverno ruso. Empeçou perguntando-lhe à gente qual era a sua palavra favorita e acabou compondo um mosaico de atitudes possitivas cara à língua. Um catálogo de afectos. É curioso que a Daria o galego lhe pareça umha língua “politizada”, cousa “que lhe fai dano”. Aqui, na Galiza, A xanela serve como bálsamo, por vezes como coartada. Alí fai-lhes menos áridas as conxugaçons aos seus alunos.
Se Daria chega ao final da súa tesiña de doutoramento, os contos de Séchu Sende chegarám por primeira vez ao russo. A traduçom é um episodio freqüênte na biografia dos brigadistas. Vera trabalha em Cunqueiro, embora já verquesse algum outro texto ao húngaro. Takekazu Asaka, autor dumha versión bilingüe galego-japonês dos Cantares Gallegos de Rosalia, reparte o tempo entre a versom nipona de Ramom Cabanilhas e a traduçom para o galego dumha presada de contos de fadas do seu país. Sofia Karatza levou ao grego alguns relatos de Mendes Ferrim, Carlos Casares, Manuel Rivas e Miguel Anjo Murado. Eva Carrión fascinou a Rosa Aneiros com a sua versom castelhana de Resistência, já caminho do prelo. E Nilsa Areám devece por pôr a Castelao a falar em galego do Brasil. A maioria tamém traduziu algo de literatura de combate. Suas som algumhas das versons do manifesto de Prolingua.
Bartosz Dondelewski estuda Filologia Hispánica na Universidade Iaguelónica de Cracóvia, mas nom traduziu nada fora dalgum exercício académico. Nom é a sua principal ocupaçom. Nasceu em Kalisk, Polónia, hai 22 anos, porém escreve em galego desde Lisboa, onde completa a sua formaçom. Sente-se “embaijador” das culturas que lhe som próximas, nom só da que lhe dérom ao nascer, mas pom-lhe “um maior esforço” à galega, “pouco conhecida mesmo dentro da Península Ibérica e completamente desconhecida” entre os seus compatriotas. “O galego tem a má sorte de depender das decisons dos políticos”, espeta. “A sua sobrevivência está nas maos dos governantes, que decidem se os nenos vam ter a oportunidade de conhecer a língua própira do seu povo. A decisom de falar galego é umha decisión política porque a língua do Governo central é outra”.
O idioma, para Bartosz, foi o que preservou o sentimento nacional dos seus compatriotas ao longo de 123 anos, cando o seu país nom existia no mapa de Europa. Se calhar por isso, desde a distáncia, acredita que o futuro do galego está longe dos gabinetes. “Encontro especialmente importantes as iniciativas apartidarias”, explica. “O que mais conta é o amor, o agarimo que tenhem os galegos pola língua que os criou e que foi criada por eles. A sua preservaçom permite conservar a identidade nacional, a cultura. Foi assi durante os séculos escuros e segue a selo hoje, quando a influência do castelhano está cada vez mais visível”.
Takekazu Asaka saca-lhe 36 anos a Bartosz. Take, como o conhecem os que conhecem a este professor universitário, nasceu en Toquio no Natal de 1952. Hai trinta anos que descubriu a existência do galego ao tropeçar com um exemplar d’A Nosa Terra em Madrid, onde aprendia castelhano, mas segue convencido de que o seu trabalho nom lhe importa a ninguém em Japóm. Tanto lhe tem. Non vai deixar agora o que tam amodo conseguiu, primeiro escrevendo-lhe cartas a Xaime Ilha Couto na editorial Galaxia, logo lendo livros em galego e finalmente assistindo umha e outra vez aos cursos de verao do ILGA. Desde 1989 vem duas vezes ao ano. Doe-lhe que a gente nova nom fale coma el e que os comerciantes nom rotulem os seus establecimentos em galego. Entenderia bem mellor a que se dedicam.
A Anik Nandi passava-lhe algo semelhante. Em Burdwan, na Índia, onde nasceu hai 28 anos, os seus companheiros e professores riam-se do seu entusiasmo polo galego. “Criam que se queria trabalhar com as línguas minoritarias de Espanha, devia escolher o catalám. Ao seu ver, tinha mais valor económico e mais oportunidades, mais bolsas para investigadores estrangeiros. Eu pensava que era umha língua com muita história e muito futuro, e ainda o penso”. Hoje passa do bengalí ao infinitivo conjugado sem arroibar e fala um galego correctíssimo polos corredores da residência universitária Burgo das Naçons, em Santiago. Colaborador externo do ILGA, estuda os cursos de doutoramento no departamento de Língua Espanhola da USC.
“UMHA LÍNGUA NOM TEM QUE SERVIR”
Cando lhe preguntan para que lhe serve o galego a umha malagueña, Eva Carrión sorrí. “É umha pergunta bastante divertida. Seguro que se estivessemos a falar doutra língua a ninguém se lhe ocorreria perguntar semelhante cousa. Toda língua é umha riqueça! Cada um é quem é porque vive na realidade cultural que vive e fala como fala. A língua forma parte de nós, e sem ela nom seriamos ninguém. Umha língua nom tem que servir, umha língua tem que ser”. No seu caso, ademais de ser a língua em que fala com todo o mundo em Vigo, onde fai um máster de Ediçom, é tamém umha ferramenta de trabalho. Esta andaluza de 25 anos licenciou-se emTraduçom e Interpretaçom em Granada e fantaseia com converter-se em tradutora nalgumha editora. Já tem o seu primeiro choio.