quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Juntas de faculdade 17-12-09

Pola assembleia de filologia assistírom: Héctor, Noa, Ana Teixeira e Antom.

1.- Aprovaçom das actas anteriores

2.- Informe da equipa decanal

- O departamento de filologia alemá disolve-se e integra-se no de inglês, passando-se a chamar Departamento de inglês e alemám. A frente segue Luís Iglesias Rábade. No tocante aos restantes departamento só houvo mudanças no de galego que agora está dirigido por Francisco Cidrás Escaneo.

- Estado de execuçom do orçamento:
Entrada de fundos 2009:
a.- Transferência ordinária: 162.618 €
b.- Partida de qualidade: 37.000 €
Gastos 2009:
Material (cap. 2)- 10.000 € de remanente
Capítulo 6 - 28. 000 € (incorpora-se ao exercício seguinte)
Qualidade- 2.300 € (incorpora-se ao exercício seguinte)

Acometérom-se quase todas as melhoras aprovadas na anterior Junta de Faculdade (cadeiras de trabalho, substituiçom do sistema de calefacçom, taboleiros electrónicos, cadeiras presidenciais, filtraçons de augas, escaner, baldes do lixo exteriores, actualizaçom da rotulaçom, substituiçom das portas principais - em Natal executará-se a 2ªfase correspondente ao aceso Norte-. Aliás, 15.000 € adicionais destinarám-se à biblioteca.

- Titulaçons
a.- Os novos títulos de grao, segundo a equipa decanal, implementárom-se com sucesso e conseguírom dar umha visom optimista na sociedade, que bate com a oferecida polos média, já que houvo um incremento da "demanda" (sic.). Os dados finais de matrícula para o curso 2009-2010 em 1º som:
Clássicas: 21 alunos
Hispánicas: 30 alunos
Modernas: 41 alunos
Inglesa: 91 alunos
Galego: 41 alunos (*nom inclui os alunos de português incluídos em Modernas)

TOTAL: 226 alunos [2004-5: 180; 2005-6: 158; 2007-8: 175; 2008-9: 165].

Destarte, os cordenadores dos graos já estám nomeados, por exemplo em galego é Elisa Fernández Rei.

- Master de Secundária: as aulas começarám o 18 de Janeiro [a assembleia denúncia que os matriculados pagam muitos créditos nom presenciais, assi como a oferta de prazas, ou o carácter ilegal de implementar para os licenciados um Master e nom seguir ofertando o CAP já que nom conheciam esta mudança quando se matriculárom em 1º. Tamém exprimimos as nossas dúvidas sobre se, finalmente, os docentes do Master farám greve pola nova carga lectiva nom remunerada ou se "passarám" de departir os créditos teóricos].
O número de prazas fixa-o a Conselharia, mas a negociaçom ficou interrompida polo processo eleitoral e logo houvo que renegociar, tomando como ponto de partida a previsom de oferta de emprego público. Nom se conhecem ainda as prazas que haverá para o vindouro curso.

A assembleia de filolologia advoga por exercer as suas acçons para a consecuçom dum mínimo que poderia perfeitamente executar-se com a normativa vigente, ou, de nom ser possível, modificando-a. Trataria-se de exigir o Master de Secundária a posteriori e nom a priori, ou seja, umha vez feitas as provas e alcançada a vaga para poder departir aulas. Destarte, é necessária umha garantia para as práticas e a clarificaçom de se o Master permite ou nom a possibilidade de fazer o doutoramento. Por outra banda, o Master de Secundária é umha medida do governo Aznar resgatada polo PSOE e implementada na Galiza por Laura Sanches Pinhom. Por isso, a assembleia de filologia denúncia o agrávio comparativo que sofreremos os licenciados e graduados galegos a respeito dos de outros países do Espaço Europeu de Educaçom Superior, já que se os títulos som homologáveis poderiam dar aulas sem ter feito este mestrado que se nos exige as licenciadas e licenciados do Estado espanhol.
3.- Quinquénios de docência 4.- Assuntos de trámite

a.- Registro de memória da licenciatura

b.- Créditos de livre configuraçom (concede-os o decanato se cumprem os requisitos e ratificam-se nas Juntas). Entre estes haverá um intitulado "Ramom Pinheiro e o galeguismo"

c.- Nomeamento de tribunais para prémios de licenciatura e doutoramento

d.- Informe favorável para um curso intitulado "Introdución al judaismo. Texto, historia, praxis..." do 27 a 29 de Janeiro.
5.- Rogos e trámites


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

REGULAMENTO DA COORDENADORA DE ASSEMBLEIAS DA USC




ORDE DO DIA DA COORDENADORA


Companheiras e companheiros:

Pola presente convidamos-te a assistir à assembleia da Coordenadora da USC que se celebrará o vindouro 21 de Janeiro às 19:00 horas em Filosofia. Na reuniom tratarám-se os seguintes pontos (se bem a orde do dia ainda é provisional):

1.- Aprovaçom do regulamento da Coordenadora


2.- Nomear dous responsáveis de comunicaçons (blogue, rolda de endereços electrónicos*, comunicaçons externas com a imprensa), dous responsáveis de finanças e dous responsáveis de correcçom lingüística (AGAL e ILG-RAG).


*Criará-se umha listage com os endereços electrónicos das e dos assistentes que logo se irá inçando com periodicidade.


3.- Calendário de actividades:

a.- Campanha de conscientizaçom do estudantado com palestras nas diversas faculdades com a presença de professores críticos com o processo de Bolonha (Filosofia: Barreiro; Polícitas: Cernadas, Económicas: Vence ou Beiras, Filologia: decano ou José Luis, História: Bermejo, Sociologia: Afonso Garcia Tobio, Ciências da Comunicaçom...).

b.- Jornadas da Letras Galegas a Carvalho Calero: do 17 a 21 de Maio com exposiçons, palestras em filologia e um concerto organizado pola assembleia de CC. Políticas.

c.- A assembleia de CC. Políticas tem tamém previsto realizar duas jornadas de formaçom:

-. Abril: Curso sobre Palestina, 1 crédito (30 horas).

-. Maio: “Regimes fascistas e transiçom à democracia na Península Ibérica”, 2 créditos (60 horas).

d.- Outras

4.- Eleiçons departamentais e claustrais.


5.- Estabelecer umha data para umha primeira concentraçom da Coordenadora. Ediçom de material de agitaçom e cartazes e apresentaçom perante os média.


Sem mais, aguardamos contar com a vossa assistência, cumprimentos.


P.D.: para qualquer outra questom dirige-te aos seguintes endereços electrónicos:


Coordenadora da USC

coordenadoradausc@gmail.com


Assembleia de estudantes de Ciências Políticas

asembleaestudantes@hotmail.com

Assembleia de Filologia

assembleiadefilologia@gmail.com



1.- A Coordenadora expressará-se sempre em língua galega. Reconhecem-se as duas normativas, RAG-ILG e AGAL e tenderá-se a sua visualizaçom em todos os actos da Coordenadora.

Para tal efeito nomeará-se umha comissom de correcçom lingüística para evitar gralhas. Logicamente, a título individual cadaquém pode empregar na Coordenadora a língua com a que melhor se exprima, mas nos actos públicos em que se fale em nome da assembleia deverá ser sempre a galega como atitude exemplificativa, assi como na documentaçom interna a única língua empregada será o galego.


2.- Todas as reunions da Coordenadora terám umha pessoa moderadora e mais umha pessoa encarregada de tomar acta (secretária/o). Ambas configuram a Mesa da Coordenadora que deverá ser rotativa e nomeará-se em cada juntança por maioria simples das vozeiras e dos vozeiros presentes.


3.- A Coordenadora deverá ter umha assembleia ordinária afinal de cada ano académico para auto-avaliar-se e mais para apresentar o seu balanço financeiro. A periodicidade das assembleias extraordinárias será mensal.

As convocatórias serám anunciadas com suficiente antecedência a todas as Assembleias e no espaço em rede da Coordenadora. Para tal efeito, criará-se nom apenas um blogue para as comunicaçons externas, mas tamém umha listage de correios que serva de canle de debate interna e constante e para informar de qualquer evento ou assembleia.


4.- A Coordenadora está aberta à assistência de qualquer estudante da USC. Apenas terám voz nas reunions da Coordenadora duas pessoas por Faculdade, que serám eleitas previamente polas suas respectivas assembleias e que poderám exercer um só voto. Em todo caso, a Mesa da Coordenadora poderá ceder a palavra a outras e outros assistentes se assi o estimam pertinente as vozeiras e vozeiros presentes.

Aliás, as assembleias que nom cheguem a 5 pessoas reunirám-se em assembleia mista e terám as mesmas condiçons nas reunions da Coordenadora ca as assembleias ordinárias de faculdade. A circunscriçom para cada assembleia mista será a de campus para melhorar a sua viabilidade e funcionamento.

Nas três primeiras assembleias da Coordenadora deverám assistir um mínimo de 5 pessoas por assembleia para garantir que existe efectivamente um número mínimo de pessoas implicadas. Quando se cria algumha assembleia nova deverám tamém acreditar-se polo mesmo procedimento nas suas três primeiras sessons. Por esta mesma razom, recomenda-se rotaçom na presença de representantes de Faculdade nas reunions da Coordenadora na medida das possibilidades de cada assembleia de centro.


5.- Tanto nas convocatórias extraordinárias como na ordinária o sistema de votaçom é o que a seguir se descreve:

a.- Procurará-se sempre o consenso e forçar votaçons será o último dos recursos. Cada assembleia conta com um único voto,

b.- Em questons de substáncia ideológica e / ou organizativa a maioria necessária é de três quartas partes do total das assembleias presentes.

c.- Para as restantes actividades (projectos, agitaçom, concentraçons, etc.) avondará com a maioria simples.


6.- As tarefas que desenvolva a Coordenadora devem ser executadas polas diversas assembleia de faculdade para que sejam mais dinámicas e operativas. No entanto, se, as circunstáncias o requerem poderám criar-se reunions sectoriais (finanças, agitaçom, etc.) onde assistirá umha vozeira ou vozeiro por assembleia, em reuniom extraordinária e limitada a esses representantes com o mesmo sistema de votaçom ca o da Coordenadora.

Contodo, estas comissons nom som soberanas e deverám elevar as suas propostas para serem aprovadas nas respectivas assembleias e posteriormente na Coordenadora.


7.- As propostas de acçom nom som revogáveis umha vez aprovadas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Palestra sobre o novo Master de Secundária

O presente texto é um resumo do que achegárom os diversos ponhentes durante a palestra sobre o novo Master de Secuntária departida na sala 5 da faculdade de história esta terça-feira às 19:00 horas, por mor das exíguas 20 prazas que se reservam para as licenciaturas de Arte, História, Geogragia, Filosofia, Económicas e Ciências Políticas.
Afinal, engadem-se algumhas consideraçons próprias. Tenha-se tamém em conta que o resumo de cada ponhente se fai através de notas pessoais e que, portanto, nem sempre respoderám exactamente ao exposto polos exponhentes, mas tenderá a reproduzir o sentido das suas intervençons.

Bermejo, professor da faculdade de História

Por enquanto a faculdade de filologia conta com 80 prazas a faculdade de história apenas conta com 20. Tendo em conta que no grao entrárom 200 alunos a rátio é de 1-10.
Em todo este processo o que domina é o despilfarro, a desorientaçom e a impostura. Um grao sem master nom vale para nada e os masters som poucos, selectivos e caros no modelo anglo-sajom que se implementa agora na UE através dumha reconversom industrial aplicada ao ensino que se chama Plano Bolonha.

No Estado espanhol nom hai mercado para a universidade polo que a adaptaçom da universidade ao mercado nom deixa de ser umha bonita declaraçom de intençons. Em Lugo, a titulaçom de Humanidades desaparece e passou-se a chamar "Ciências da Cultura e gestom cultural" para espantar a pantasma das depauperadas humanidades e com um programa e um plano de estudos improvisado para defender os interesses do profesorado.

Destarte, nom se estabelece um Master racional, mas masters adaptados aos desejos de cada professor que, no entanto, tampouco som os grandes beneficiários do novo Plano Bolonha, mas permite-se que cada professor imparta o que queira e assi evita-se a mobilizaçom social contra a reforma.

O único master que tem lógica e validez é o do mestrado, já que os demais nom som reconhecidos polo mercado. O interês em que se fagam masters é para recaudar fundos, por isso hai que recortar o número de prazas do master docente. Entom, os masters som apenas instrumentos recaudatórios. Podemos afirmar, finalmente, que a realidade refuta que os destinatários dos masters sejam os alunos e nom os professores.

Afonso Garcia Tobio, professor de sociologia

O Master de Secundária é umha cadena de despropósitos. A titulaçom de psicopedagogia desaparece e os docentes passarám a dar aulas neste master, com mais carga de docência e com professores contratados em precário (impartindo muitas horas e em Lugo e Compostela).

Por cima de 50 milhons de euros moverám-se neste novo mercado criado ex nihilo. Articula-se apresuradamente e às caladas para evitar os protestos e as pressons do estudantado com a maioria da comunidade docente cúmplice enquanto a deixem fazer. Os alunos passam a ser clientes deste novo mercado e de Bolonha com créditos empréstimos, o saber convertido em mercadória ou, em termos mais proféticos, a casa do conhecimento convertida numha cova de bandidos.

O master intensificou o trabalho dos professores e a precarizaçom do seu trabalho. O estudantado tem que dedicar-se a tempo completo a um master que passará dos 300€ dos CAP aos 1.200€ da USC, os 833€ de València, os 1594 de Castela e Leom ou os 1700€ da UNED. Isto na pública e com carácter excepcional para este ano ao acolherem-se pola crise ao intervalo mínimo estabelecido polas CC.AA, já que a tendência será ir homologando-se com a privada.

O inçado dos preços equipararám-se com o tempo pois com os 9000€ da universidade Complutense, os 4200€ da Pontifícia de Comillas, os 4100€ de Salamanca, os 6000€ da Camilo José Cela, os 7500€ da Afonso X, etc.

O ano passado havia 50.000 matriculados para o CAP em todo o Estado espanhol. As universidades públicas oferecem apenas 6.000 prazas e o cálculo de solicitudes é de 25.000 alunos, ou seja, 19.000 pessoas serám carne de canom para as privadas. O negócio é mais do que evidente.

Júlio Rodrigues (coordenador do Master de Secundária)

A história dos títulos universitários fixo-se sempre desde o pelelho do professorado que estava implicado nesse momento. As prazas oferecidas para a Galiza nom chegam a 50% das pré-inscriçons. A oferta de prazas depende da Conselharia que segue com a política da "austeridade" como se desprende do brutal acurtamento que sofrírom os orçamentos da USC. A Conselharia fai e desfai sem nengum tipo de oposiçom e o Processo de Bolonha acelera os tempos da mercantilizaçom do ensino e a depauperaçom das universidades.

Os licenciados quando começamos a carreira nom fomos advertidos desta reforma e, portanto, temos direito a continuar com o extinto CAP. Mas aplica-se-nos um decreto da era Aznar que aproveita habilmente Laura Sanches Pinhom para converter-nos já em vítimas da "universidade à bolonhesa" de que falava Miguel Anjo Fernám-Velho.

CODA

Quê fazer? Esta pergunta parece ecoar agora entre os que padecem os primeiros embites do Plano Bolonha. É demasiado tarde para reagir? Nom é demasiado tarde para perder a esperança porque o estudantado galego tem demonstrado noutras ocasions que é capaz de dar a cara e enfrontar os embites do grande capital. A soluçom é clara. Historicamente só se tenhem atingido êxitos nas vindicaçons sociais através da mobilizaçom e a luita na rua. O estudantado deve auto-organizar-se através de assembleias de faculdade que se coordinem logo a nível USC e caminhem para umha greve geral indefinida até que as nossas demandas sejam ouvidas:

- Paralisasom do Plano Bolonha e racionalizaçom da reforma universitária para que advogue claramente por umha universidade pública dotada dos suficiêntes recursos para ser universal e de qualidade e nom elitista e classista.

- Garantir que o Master de Secundária seja universal e público, quer dizer, com taxas assúmiveis polo estudantado e bolsas directas para o sustentamento do estudantado. Aliás, todas licenciadas e todos os licenciados devem ter oportunidade de curar este master, polo que se deve incrementar o professorado e os meios para que todo o estudantado poda aceder ao master sem limite de prazas.

Só fica um caminho, a auto-organizaçom e a luita. É urgente rearmar o tecido estudantil e criar consciência crítica entre o estudantado para evitar a mercantilizaçom do ensino e a morte da universidade pública. Somos mais e assiste-nos a razom. Estudante, organiza-te, revolta-te e luita!




+ Info:

-Veja-se o post incluído neste blogue com o vídeo dumha palestra sobre a universidade aparecida em Correo TV.

- Os anos passam, os problemas som os mesmos:



- Para umha opiniom pessoal mais desenvolvida sobre estas questons veja-se o artigo:

"A língua da Galiza perante o repto dumha educaçom privada e centralizada"